Final de semana Marginal Metal?

 


Faz bastante tempo que não escrevo nada aqui. Entretanto, este último final de semana e o início que dela se fez, serviu como uma reflexão acerca deste trabalho. Poderia dizer que o último sábado e domingo resumiram definitivamente o que o álbum Marginal Metal significa, aos meus olhos.

Faltando uma semana para a primeira apresentação pós-disco lançado, fui demitido de mais um emprego de merda, que só servia mesmo para colocar comida em casa e pagar algumas contas. No dia seguinte, os três — Raphael Dantas (ou D’antas Dantas?), John Killesh e Vall Maranhão — estavam lá, para fazermos essa loucura, onde muita gente acredita piamente que não dará em nada. Acúmulo de inúmeras atividades em menos de 48 horas, sem garantia de nada. Uma banda, que não é um bando, buscando algo utópico para os lúcidos e ajuizados. Isso não faz sentido. Pois é… E faz sentido o que fazemos?

Ensaiamos, gravamos a porra de um videoclipe sem as mínimas condições ideais e bebemos como sempre. Sorrimos, discutimos, colocamos músicas aleatórias, escutamos Heavy Metal e tudo o mais. Algo que já parece uma rotina, como se entrássemos em uma esteira de produção, onde só podemos respirar à base de cerveja, pão com “epa” e cigarro.

O Marginal Metal fará 1 mês de lançamento em breve. As coisas não parecem sair como imaginamos, não é? Pois é… Eu poderia argumentar um milhão de coisas e não adiantaria, pois, continuaríamos a ser ratos, brigando com outros ratos, enquanto gatos brincam e os cachorros gargalham.

Ainda não chegamos onde queremos e eu sei que você se preocupa com isso, Dantas. Só segure a onda um pouco. Pode levar um pouco mais de tempo. Só segure a onda um pouco. Deixe que eu fique puto com as paradas. O muro é chapiscado demais e eu não posso permitir que você arrume escoriações nas mãos. O peso vem daí. Deixe que arrumo uma marreta, pra derrubarmos essa merda de muro! Se eu não conseguir a marreta, derrubo com minhas mãos.

Só tenho a agradecer e pedir tranquilidade, sabe! Acabei de cagar, enquanto fumava. Gosto de fumar e cagar ao mesmo tempo, isso me traz uma paz de espírito absurda. Será que Berry Gordy Jr. fumava e cagava ao mesmo tempo? Será que Quincy também o fazia? Vá saber. Só tenho a agradecer a esses três malucos, que saem da casa do caralho e metem a cara neste filme lado C, onde a tendência é dar merda no final.

Não seria correto de minha parte, se não agradecesse a William Sobreira – “El Gringo” –, por toda a ajuda que vem dando a esta loucura. Jorge Veloso, do estúdio Dona Jassa, por diminuir alguns obstáculos em nossos caminhos. Jhoannes Cardoso, pelas conversas e questionamentos que me levam a reflexões necessárias. E, é claro, ao “Bruxo”, Adriano Zakk, por ser sempre a mão amiga, sem nem sequer pensar duas vezes. A conversa, naquela encruzilhada, àquela hora da noite, ficará marcada para sempre.

Tenho que agradecer ao meu irmão Brayan, por sempre me infestar de ideias e tentar de todas as formas, adiantar meu lado. Merecíamos mais? Não sei. Talvez empregamos muitos Códigos de Honra por aí e isso não condiz com o sistema de dados de 20 lados, não é? Pode anotar aí, que ainda beberemos, olhando o pôr do sol do Pacífico.

E, é claro, desculpar-me com minha esposa. Ela merecia um cara com um sobrenome melhor. “É tudo uma questão sistêmica!


Comentários

  1. O melhor sobrenome, meu velho. Kill the pain, vicia, como quase tudo que é bom. Não desista (m), porque não se iluda, a pain continuará até nos drinks no Pacífico, mas puta merda, que visual será!

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